Comandado pela Loucura, 25 anos depois


Nos anos 80, quando fazer quadrinhos era uma iniciativa de poucos e de loucos (loucos por quadrinhos), tivemos o prazer de conhecer Lailson, que questionou a produção de quadrinhos com a citação: "Usando cueca fora das calças", nós levando a pensar que os quadrinhos, a não eram só super-heróis. Aí foi quando começamos a produzir histórias com temas inusitados.

Anuncio feito em colagem do fanzine Prismarte nº05, com a
 história que haveria de ser capa da Prismarte nº02 dos anos 90
Em 1989, na última edição da Prismarte em xerox, anunciamos a minha primeira histórias em quadrinhos, completa, que trazia um tema com bases na linha de terror, mas que eu nem pensei em fazer esse gênero. A História foi Comandado pela Loucura, escrita e desenhada por mim (Milson Marins) e arte-finalizada por Marco Marins (meu irmão). Além disso, essa foi a primeira história longa que desenhei e publiquei na Prismarte.

O objetivo era publicar, Comandado pela Loucura ainda no formato fanzine, em "xerox", porque na ultima edição em "xerox" da Prismarte nº05 fizemos uma divulgação. Mas os planos mudarão, quando em 1991 tivemos a ousadia de publicar a primeira edição da Prismarte em off-set e a primeira distribuição em massa em bancas de uma revista em quadrinhos pernambucana em bancas de revistas.

Prof. Waldomiro Vergueiro - um inesquecível
incentivador e pesquisador dos quadrinhos
Mas o que quero ressaltar, é que a edição seguinte da Prismarte, o destaque foi a história Comandado pela Loucura, que inclusive teve um tratamento diferenciado na capa, que puxava mais para o realismo, mostrando um ilustração baseada numa foto da guerra do vietnã. Mas o fato, que entre outros, me manteve continuo nos quadrinhos, foi uma longa carta que recebi do professor Waldomiro Vergueiro, após ele ter comprado um exemplar desta Prismarte nº02 dos anos 90. Se tratando de um pesquisador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP, de renome e envolvido nessas pesquisas até hoje. Seus elogios me fez continuar, mas com mais prazer, apesar da vaidade que me causou as suas impressões, descritas na carta. Até hoje tenho esse prazer, acima da vaidade, que me fez continuar com a Prismarte por todos esses anos.





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